Toda a comunidade humana do Hospital Narciso Ferreira coloca no utente a razão soberana da sua existência e a inspiração maior para o seu agir.
Aos utentes, pela sua fragilidade humana, será devido sempre um "olhar" de bondade e uma desmesurada atenção. Para eles é ordenada todas as suas energias, reconhecendo-lhes o patamar mais elevado da Dignidade Ontológica.
Cada um dos seus profissionais reconhece a sua maior valia como equilibrio fundamental de uma construção cujo horizonte se explana na afirmação inequívoca dos mais ínfimos valores humanos, éticos e culturais.
No desenrolar da atividade hospitalar, assistencial, de investigação e nos seus processos de gestão, a humanização é a inspiração central dos comportamentos que visam alcançar a mais elevada satisfação de todos os que habitam o Hospital.
A tecnociência, essencial para disponibilizar um serviço qualificado às pessoas, é o núcleo da dinâmica humanizadora que norteia o quotidiano do agir profissional.
No Hospital Narciso Ferreira a todos será dispensado inequívoco respeito pela dignidade que os constitui.
O respeito que por todos deve ser dispensado e a todos os que vivem no Hospital, inclui o que atende aos direitos humanos e às convicções individuais de índole cultural, filosófica, política, religiosa e espiritual.
As necessidades específicas dos que vivem no hospital o seu tempo de morrer encontrarão, no acolhimento da sua inteira dignidade, a resposta de cuidados globais de que carecem.
No Hospital Narciso Ferreira ser tratado pelo nome, com simpatia, cortesia e lealdade, é simultaneamente um direito e um dever que todos saberão fazer seus.
No quotidiano das suas relações, os direitos e as liberdades convivem em sadia harmonia com deveres e responsabilidades revelados no mesmo agir.
No Hospital os doentes terão um espaço disponível para serem "escutados", sempre que necessário, em ambiente de absoluta privacidade.
Aos portadores de deficiência não se levantarão obstáculos, físicos ou de diferente natureza, que impeçam o acesso a estes espaços de confidência.
Nenhum doente será devassado na sua identidade corporal, agredido na sua diversidade cultural, invadido na sua esfera espiritual ou ofendido na comunicabilidade do seu ser.
Os utentes serão acompanhados na sua doença com uma informação sensível à sua condição de pessoa doente.
Esta informação não visa o cumprimento de um requisito legal mas oferece ao utente um esteio essencial ao desenvolvimento harmonioso da sua pessoa.
A pessoa doente conta, sempre que o desejar, com a possibilidade de acolher a opinião dos familiares ou conviventes significativos.
Nenhum utente será obrigado a permanecer no Hospital por razões estranhas à sua condição de doente.
A prestação de cuidados continuados a cada doente merece uma particular atenção à sua realidade social e familiar.
Os profissionais de saúde respeitar-se-ão a si próprios e na esfera das relações laborais, na mira de uma vertebrada afirmação de indeclinável cidadania.
Respeitarão e serão respeitados na esteira da sua deontologia profissional.
As Cartas dos Direitos e Deveres dos Doentes, bem como os Códigos Éticos e Deontológicos dos Profissionais de Saúde são documentos vivos na prática que se afirma quotidianamente no Hospital.
A segurança dos profissionais merece da Instituição um claro compromisso.
Os profissionais de saúde irão assumir como sua obrigação pessoal uma indispensável formação profissional contínua.
A Instituição assegurará, na atenção a uma ponderada gestão de recursos, as oportunidades necessárias ao cumprimento deste desiderato.
O Hospital Narciso Ferreira vê na atenção dada às opiniões expressas pelos seus profissionais uma indispensável mais-valia para a definição das suas estratégias de gestão.
Os profissionais saberão cooperar com todos os órgãos de gestão, disponibilizando os seus importantes e valiosos contributos de reflexão pessoal.
À tarefa de humanizar dedicar-se-ão todos os profissionais.